sábado, 4 de maio de 2013

Mostra fotográfica de Sebastião Salgado GENESIS





A partir de 29 de maio, 245 fotografias retratando um mundo preservado e intocado estarão no Museu do Meio Ambiente do Jardim Botânico do rio de janeiro. A mostra vai para São Paulo em setembro.


“Uma jornada às paisagens terrestres e aquáticas, às pessoas e aos animais que permaneceram intocados, preservados do mundo acelerado dos nossos dias. Um testemunho de que nosso planeta ainda abriga vastas e remotas regiões onde a natureza reina em silenciosa e imaculada majestade”, diz o texto que recebe os visitantes à entrada de GENESIS – a primeira mostra inédita de vulto que Sebastião Salgado apresenta em mais de dez anos. E as 245 fotografias, divididas em cinco seções geográficas, revelam maravilhas que permanecem imunes à aceleração da vida moderna – montanhas, desertos, florestas, tribos, aldeias, animais -, imagens que o fotógrafo brasileiro radicado em Paris registrou entre 2004 e 2011.

GENESIS chega ao Museu do Meio Ambiente do Jardim Botânico do Rio de Janeiro no dia 28 de maio, e estará em São Paulo – SESC Belenzinho – a partir de 11 de setembro. A abertura mundial da mostra aconteceu no National History Museum de Londres, dia 9 de abril. A Vale é patrocinadora exclusiva do projeto através da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Na obra de Sebastião Salgado, este é o terceiro mergulho de longa duração em questões globais. Trabalhadores (1986-1992) e Êxodos (1994-1999) retrataram as duras consequências das radicais mudanças econômicas e sociais sobre as vidas humanas. “Desta vez, ele trata do nosso ambiente natural”, descreve a curadora Lélia Wanick Salgado, “mas, ao invés de colocar os holofotes nas consequências da poluição e das alterações climáticas sobre a terra, o mar e o ar, Salgado nos oferece um poema de amor, com imagens que exaltam a majestade e a fragilidade do nosso planeta, retratando a beleza deslumbrante de um mundo ‘perdido’ que de alguma maneira ainda sobrevive. E essa beleza proclama: isso é o que está em perigo, isso é o que devemos salvar”.



DEZENAS DE VIAGENS

Trabalhando, como sempre, em preto e branco, Salgado fez mais de 30 viagens diferentes a regiões remotas do globo – a maioria delas, inóspita e de dificílimo acesso - nesses oito anos, desde 2004. Cada saída de sua base em Paris envolveu aviões de pequeno porte, helicópteros, barcos e canoas, e exigiu frequentemente longas caminhadas em terrenos difíceis, enfrentando extremos de temperatura.

As viagens, cada uma de várias semanas de duração, resultaram num conjunto de imagens que, ao final, foi dividido em cinco seções que formam os núcleos da exposição. “Optamos inicialmente por uma aproximação temática”, explica Lélia, “destacando as origens geofísicas da terra, seus animais e sociedades primitivas. Porém, as explorações às diversas regiões resultaram em imagens dedicadas a temas também diversos. Decidimos, então, organizar as fotografias em ecossistemas, acreditando ser esta a melhor maneira de vislumbrar o funcionamento da natureza”.




OLHAR EM VOLTA E CUIDAR DA TERRA

“Nosso objetivo é abrir os olhos do público para as maravilhas da Terra - mas 0não somente aquelas que tivemos a oportunidade de encontrar e captar para o GENESIS”, ressalta ainda Lélia. “Aqueles lagos, montes, parques e jardins que estão ao alcance representam nosso contato mais frequente com a Natureza. E é no dia-a-dia que começa a batalha da conservação”. O idealismo das propostas de fôlego de Lélia e Sebastião Salgado tem forma concreta no Instituto Terra, em Minas Gerais, onde estão reflorestando a propriedade de 700 hectares com espécies originais da Mata Atlântica. “Os montes secos de uma década atrás hoje estão cobertos por uma vegetação densa”, celebram. “Esperamos que GENESIS desperte e estimule participantes ativos na conservação de uma herança universal que está implorando nosso cuidado e atenção”. E conclui: “assim como em Trabalhadores e Êxodos, esperamos que as questões trazidas pelas fotografias sejam exploradas em palestras, debates, sites de internet e programas para escolas”.
As imagens da exposição estão sendo lançadas em livro pela Taschen, editado e desenhado por Lélia Wanick Salgado.



Serviço

A mostra apresenta 245 fotografias em formatos 50 x 60cm, 60 x 90cm e 90 x 123cm

52 fotos externas no formato 146 x 200cm

Curadoria: Lélia Wanick Salgado

De 29 de maio a 26 de agosto de 2013 | de terça a domingo, das 9h às 17h

Rio de Janeiro - Museu do Meio Ambiente

Rua Jardim Botânico, 1008 | Jardim Botânico | Rio de Janeiro – (21) 2294-6619


Em São Paulo: SESC Belenzinho - Abertura: dia 11 de Setembro de 2013

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